Angola é um dos países do mundo com maior taxa de crescimento económico. É uma “potência regional”. Dizem que até já substituiu Portugal como “motor” dos PALOP. A sua nova elite endinheirada investe nos mais variados mercados globais. O novo-riquismo destas fortunas abruptas e misteriosas ofusca. Não há dia que a imprensa portuguesa não faça eco de mais uma “fusão”, uma “participação”, uma “operação” em que estão envolvidos capitais angolanos.
Mas Angola permanece um dos países do mundo com maior taxa de mortalidade infantil. Recentemente um surto de raiva assolou a região luandense. O Hospital pediátrico de Luanda registou já 69 óbitos. Desconhecem-se dados sobre o resto do país.
Em Portugal, onde a raiva está erradicada e de onde partem todos os meses milhares de pessoas em busca do novo “el dorado”, não há vacinas contra a raiva. Esgotaram os “stocks”. É necessário importá-las da Alemanha, país onde, pelos vistos, ainda não está erradicada. Deve ser por isso que os seus laboratórios continuam a fabricá-la.
A raiva mata. Há anos que eu agonizo (ao alto, um desenho de juventude, 14-1-1981).
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1 comentário:
é o que não deve ser. qual é nossa força? contra o mais primário?
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