Aqui há tempos, no âmbito do Plano Nacional para a Leitura (creio que é assim que se chama), a associação de pais da Escola Pintor Mário Augusto, das Alhadas, organizou uma noite pela leitura e pediu-me uma "colaboração". Assim, lá pintei uns quatro metros e meio de papel para um cenário alusivo e combinei que lá estaria para executar uma pintura ao vivo para “abrilhantar” o acontecimento.
Ocorreu-me pintar um retrato do patrono da escola, o pintor Mário Augusto, dado que a iconografia relativa ao artista é tão escassa que para as actuais gerações não passa, infelizmente, apenas de um nome.
Mas na noite aprazada a minha filha adoeceu e não pude comparecer, cumprindo o prometido. O quadro lá esteve, apenas esboçado, em exposição, e retornou ao meu atelier, onde ainda se encontra, a vestir-se.
Porém, num retrato de um pintor, para além do óbvio e merecido coup de chapeau, o verdadeiro assunto é, sempre, a pintura.
O motivo, apenas um pretexto.
É o que vos pretendo mostrar. Quando estiver pronto.
Para já, tomai lá um estudo da sua mão.
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