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terça-feira, 25 de setembro de 2007

Paula Rego

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O Portugal dos pequenitos exulta com os grandes feitos.
Já foi assim com Mourinho, o grande resgatador da atávica mediocridade nacional.
Agora com Paula rego, a propósito da retrospectiva da sua obra em Madrid.
E é tanto mais assim quando as “consagrações” vêm do Reino Unido (ou, do mundo anglo saxónico) esses, para o comum dos tugas, paradigmas do bem, do fino, do desenvolvido.
Enfim, um momento Zen de pacóvios..
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O facto é que Paula Rego não é uma artista portuguesa. Já foi, mas “soltou-se”.
Ser português “à solta”, é coisa que, naturalmente, seria impossível por cá, no país do não faças ondas, da mesquinha normalidade e da sempre complacente mediocridade.
A sua capacidade desmistificadora, o seu atrevimento, as suas imagens subversivas e o seu inconformismo explícito nada tem que ver com o país dos contentinhos.
Ou sequer com o dos melancólicos.
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1 comentário:

Afectos disse...

Paula Rego para mim é uma criança mais que adulta que sente demasiado o lado infeliz da vida. Há quem não goste eu gosto com certeza.