(acrílico s/tela 50x70 - 2000)
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Após os crucificados, os ecce homo e as pietá, tive a necessidade de fazer algo mais suave, leve; quase amável. Eu costumo dizer que não sou capaz de fazê-los bonitinhos. Neste caso, acho que a coisa foi mesmo quase por aí…
Trata-se de uma série em que quis tratar a figura – mulher com gato, mulher sentada com cachorrinho triste, mulher sentada apertando as mãos, etc. - apenas como exercícios de desenho e composição, sem implicações outras… enfim, trabalhos quase abstractos.
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Com este quadro em particular, consegui uma obra despojada das tensões acumuladas e explícitas das obras anteriores, que me tinham deixado numa espécie de exaustão emocional.
Embora não totalmente desprovida de algo inquietante, (confesso que no meu trabalho, essa pulsão é permanente) esta pintura quase serena e íntima é, talvez, um testemunho dessa pausa que recupera…
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