(Acrílico s/tela 5070 – 2003)
Este foi um dos primeiros quadros que realizei já no meu novo atelier, em Maiorca.
Fazia um calor de partir pedras no Verão de 2003. Penso que deve algo ao Latoeiro de Mário Augusto, o mestre das Alhadas, no qual eu pensava enquanto trabalhava neste e num outro (girassol, quadrado negro e melancolia).
Gosto bastante de ambos, julgo que se desprende deles a mesma sensação de calor, de ar livre, mas de abafamento, tão características da estiagem nesta zona (agora, cada vez mais), e que eu experimento ao observar o famoso quadro do mestre das Alhadas. (o pássaro está lá, dentro da gaiola, a qualidade da foto é que não permite que se veja!...). É evidente que não é só isto. A pintura, é uma linguagem que se destina àquela parte do cérebro das pessoas que não entende línguas… Tudo o que se possa dizer sobre uma imagem nunca a explica satisfatoriamente.
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