Este é o retrato póstumo do meu gato Alfredo.
Claro que idealizado, porque o infeliz, sobretudo nos seus últimos tempos, era uma sombra de si próprio. Numa briga havia já perdido um olho e um pouco do alinho indumentário… mas não a dignidade.
Dele me ficou a memória de um magnífico sacaninha narcisista, mais egoísta e femeeiro que Juan Tenório, e esta composição em rosa e verde com dama de espadas e chave de ouro.
É óbvio que o quadro não é apenas isso (nada, nunca, é só aquilo que parece) - tem mais estórias, mas só me apeteceu contar-lhes a do Alfredo.
O resto é para ver. Tem chave d’ouro.
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