Gonçalo Ribeiro Telles
morreu ontem. Noventa e oito anos. Em 2016 já lhe tinha desenhado este “retrato”,
aqui, quando me referi a ele a propósito das tragédias ambientais de
verão, de planeamento florestal e de desenvolvimento rural. Continuo a
subscrever todas as considerações que me permiti então.
Tal como referi, “a Portugal nunca faltaram homens bons e sábios, como Gonçalo Ribeiro
Telles. O problema é que num país povoado por uma maioria esmagadora de idiotas
eles são vistos, e tratados, como pobres lunáticos.”
Por isso hoje foi decretado
luto nacional e a bandeira está a meio-pau. Mas amanhã continua certamente
o plantio anual do eucalipto. Estamos em plena estação.
Há que aumentar o produto
interno bruto. Até á desertificação total. Depois da brutalização consumada,
decreta-se outra vez luto nacional. Não hão de faltar paus para bandeiras nem
para passadiços, de onde turistas alarves possam apreciar devidamente a,
digamos assim, paisagem.
1 comentário:
Alguém que viu o "futuro verde" como alguns dizem agora. Um Homem que tinha uma visão concreta da união do campo e as cidades, convivendo numa verdadeira simbiose. É estes homens que nós sentimos a falta quando eles desaparecem.
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