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quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Gonçalo Ribeiro Telles


 

Gonçalo Ribeiro Telles morreu ontem. Noventa e oito anos. Em 2016 já lhe tinha desenhado este “retrato”, aqui, quando me referi a ele a propósito das tragédias ambientais de verão, de planeamento florestal e de desenvolvimento rural. Continuo a subscrever todas as considerações que me permiti então.

Tal como referi, a Portugal nunca faltaram homens bons e sábios, como Gonçalo Ribeiro Telles. O problema é que num país povoado por uma maioria esmagadora de idiotas eles são vistos, e tratados, como pobres lunáticos.

Por isso hoje foi decretado luto nacional e a bandeira está a meio-pau. Mas amanhã continua certamente o plantio anual do eucalipto. Estamos em plena estação.

Há que aumentar o produto interno bruto. Até á desertificação total. Depois da brutalização consumada, decreta-se outra vez luto nacional. Não hão de faltar paus para bandeiras nem para passadiços, de onde turistas alarves possam apreciar devidamente a, digamos assim, paisagem.

1 comentário:

X Dias Longo disse...

Alguém que viu o "futuro verde" como alguns dizem agora. Um Homem que tinha uma visão concreta da união do campo e as cidades, convivendo numa verdadeira simbiose. É estes homens que nós sentimos a falta quando eles desaparecem.