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No stand-up que é a plítica figueirinhas, o nóvel
presidente da câmara Carlos Monteiro é o mestre de cerimónias, o apresentador,
o compére - mas também o cómico. E parece ser também quem mais se
diverte com esta comédia triste.
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A propósito do caso do freixo tricentenário do largo de Stº
António (vítima do furacão Leslie e de variadas demonstrações de apreço da
cidadania figueirinhas), o sujeito disse que a Câmara que preside consultou uma
empresa especializada e que esta sugeriu que a solução seria o corte. Que
também foi solicitado um “parecer” do ICNF e que este terá dado luz verde
para o abate. Não satisfeita, a Câmara municipal terá mesmo consultado “um
especialista” da universidade de Lisboa que terá indicado a mesma empresa que já
tinha sido consultada.
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Monteiro não especificou em que especialidade era
especializada a empresa consultada (nâo me espantaria que fosse em abate de árvores).
Também não nomeou o especialista do ICNF que deu luz verde ao abate. Ah,
e também não especificou de que faculdade da universidade de Lisboa era o
especialista - o que indicou a mesma empresa especializada já consultada
(não me espantaria que fosse da de Letras ou, sei lá da de Direito ou assim).
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É que o mundo é pequeno; e redondo; e cheio de coincidências.
E é dessa redondância que, dizem, se riem as pessoas. Enfim, as que, quando
lhes contam uma estória, não se importam demasiado com a omissão dos pormenores
importantes.
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