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Este é mais um retrato da série “jornalismo de merda”.
O jornalismo de merda é aquele que se questiona sobre
assuntos de merda e obtém invariavelmente respostas da mesma substância.
Este género também é capaz, diga-se, de transformar qualquer
assunto, mesmo um realmente sério e importante, num autêntico assunto de merda.
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O seu sucesso depende do mercado; ou seja, da receptividade do público. Ou, melhor ainda, da
qualidade da cidadania - a verdade é que quanto mais numeroso for o público
interessado em assuntos de merda, mais sucesso terão os seus agentes e mais proveitos
os seus promotores e empreendedores (sim, porque do que se trata aqui é de verdadeiro
empreendorismo).
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Assim, jornalista-vedeta do género, Fátima prospera enquanto
houver um genuíno interesse por merda - mercado
para aquilo.
Por isto, a pergunta que eu acho pertinente (embora depois deste
preâmbulo a ache um tanto retórica) é a seguinte: teríamos um jornalismo de merda
se não tivéssemos um público interessado em assuntos de merda ?
Ou então, numa variação digamos talvez mais assertiva, estoutra: teríamos um público realmente interessado em assuntos de merda se não tivéssemos um jornalismo de merda?
Ou então, numa variação digamos talvez mais assertiva, estoutra: teríamos um público realmente interessado em assuntos de merda se não tivéssemos um jornalismo de merda?
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3 comentários:
Tal como dizem os tipos muito inteligentes e cultos a uma questão dialética, o jornalista constrói a merda e a merda alimenta o jornalista e assim sucessivamente.
"é uma questão"
"É una questão..."
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