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quinta-feira, 10 de julho de 2014

O sidónio de massarelos e a vaga de fundo

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Enquanto a Alemanha, diante de todo o mundo, massacrava o Brasil no Mineirão, Israel procedia, discreta mas sistematicamente, como sempre (e com o alto-patrocínio dos americanos, como de costume) a mais um consuetudinário massacre de palestinianos, na faixa de Gaza.
No Iraque, na Síria e no Afeganistão, os naturais também continuam a massacrar-se alegremente, com a benção da santa religião deles e o alto-patrocínio dos americanos (desta vez em consórcio com Israel e as monarquias muçulmanas do golfo).
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Enquanto isso, em Portugal (que também já se tinha feito metodicamente massacrar no futebol pelos alemões) continua – com o alto-patrocínio da Alemanha e da alta-finança - o massacre dos direitos das pessoas, da sua esperança, do seu futuro e até da sua inteligência. O Crato vai fechando escolas; a teixeiradacruz os tribunais e o Macedo oblitera, imperturbável, a esperança de vida e a dignidade dos utentes do serviço Nacional de saúde; o Espírito Santo inimputável aposenta-se e é honoris-causa plo ISEG; a justiça anda a banhos plo allgarve e a judiciária aos gambuzinos pla Praia da Luz, para inglês ver. Enquanto Cavaco lambuza alarvemente os aneis e os dedos de Letízia (la reina de España, coño), o seu genro, o empresário falido do entretenimento que adquiriu o Pavilhão Atlântico por três ou quatro vezes menos do que ele custou, apoia António Costa, o Hollande monhé, essa espécie de nova esperança dos cínicos e dos atoleimados; Joana Vasconcelos e os deserdados do ministério da cultura idem idem aspas aspas, em solene apoteose.
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Enfim, “O regime está desacreditado”.
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Ou seja, o ex-autarca da imbicta acha-se um homem providêncial. Há uma desconfiança da sociedade relativamente à política”, diz ele. “Para se conquistar o poder dentro dos partidos é necessário fazer-se determinadas coisas para as quais as pessoas de maior valor não estão disponíveis”.
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Sim, porque “pessoas de maior valor“, como este ex-aluno do colégio alemão, nunca estiveram disponíveis para fazer “determinadas coisas” para “conquistar o poder”.  
Este Sidónio de Massarelos chegou a deputado, ao poder na segunda câmara do país, a consultor sénior da Boyden e a parceiro da Neves de Almeida/HR Consulting, sem nunca ter mijado num lavatório. 
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2 comentários:

Fernando Ribeiro disse...

No melhor pano cai a nódoa. Que culpa tem António Costa de ser "monhé", como depreciativamente é chamado? O que é que a cor da pele tem a ver com as qualidades e os defeitos de uma pessoa? "Monhé" foi o goês Orlando Costa, pai de António Costa, que foi militante do PCP, num tempo em que isso significava perseguição, prisão, tortura e até morte.

Quanto a Rui Rio, Deus nos livre de o termos como presidente da República ou primeiro-ministro! Foi um presidente de câmara medíocre, prepotente, rancoroso e vingativo. A única coisa que ele fez bem, foi manter equilibradas as contas do município.

Fernando Campos disse...

Caro Fernando,
o termo "monhé" não é aqui utilizado com nenhuma intenção pejorativa. Se o parece, deve-se apenas à minha inabilidade com as palavras e,por tal, peço desculpa. A intenção é apenas descritiva. Se reparar bem, o adjectivo é a palavra "Hollande". Pareceu-me mais apropriado (coube melhor na frase)do que escrever "o Hollande de origem goeza".