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terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Pra começar o ano



O presidente promulgou, finalmente, o orçamento. E o ministro gaspar lá mandou injectar, no último dia de 2012, mais um camião de dinheiro na banca privada, desta feita no BANIF.
Está tudo bem assim e não podia ser de outra maneira.
Eis, finalmente, o Ano Novo. O imarscecível 2013.
A coisa começa portanto exactamente no ponto onde o outro acabou. Chama-se, suponho, evolução na continuidade.
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O meu programa das festas para este ano também é, de algum modo, mais do mesmo: continuar, entre outras coisas, a mostrar, em traços resumidos, o nefando rosto da classe dirigente: o de hoje é esse génio descabelado e alvar que dá plo nome de Fernando Leal da Costa e é secretário de estado da Saúde.
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Fernandinho "considera que os portugueses têm a obrigação de contribuir para a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS), prevenindo doenças e recorrendo menos aos serviços". Digam lá que não é genial. O homem tem tudo, mas tudo, para ser ministro.
Ou seja, para o Serviço Nacional de Saúde ser sustentável é preciso que os utentes não o utilizem.
Sim, porque o governo de Portugal já está a fazer a sua parte: no ano que hoje começa aumentam também as taxas moderadoras, que passam a ser autênticas multas a quem fica doente (ah poisé bébé, chama-se efeito dissuasor).
Em breve, para além de sustentável, o SNS passará a dar lucro. Depois, privatiza-se, claro - as coisas têm que ser bem geridas - como diz o bórgia das privatarias.
Por isso, coragem, portugueses: não comam, nem bebam, nem fumem, nem fodam. Não se mexam. Não respirem.
Façam força, apenas. Estais quase lá.
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1 comentário:

cid simoes disse...

O fascismo lança os seus loucos para a ribalta e os débeis de espírito aplaudem e voltam a chamá-los à cena para representarem a sua própria morte.