O jazz (Charles Mingus)

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Para mim, esta música é “o som da surpresa” (era assim que se chamava um programa de radio sobre jazz, quando eu era jovem); de surpresa e de liberdade.

Quem visita este sítio com alguma assiduidade sabe bem que esta música é aqui apreciada imoderadamente. Sem regra; à tripa forra.

Mas confesso que fui apanhado de surpresa.

- A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura decretou 30 de abril como o Dia Internacional do Jazz, por proposta do músico e compositor Herbie Hancock. “Por ter as suas raízes na escravatura, esta música fez crescer uma voz apaixonada contra todas as formas de opressão. Fala a linguagem da liberdade que é compreendida por todas as culturas”, afirmou Irina Bokova, directora-geral da UNESCO, em mensagem oficial.

Acho que sim. E calha bem antes do 1º de Maio. Aliás, também devia ser feriado*.

Por isso, e mais ou menos de improviso, que é uma das formas de liberdade, saiu-me um retrato de Charles Mingus. O grande Mingus, "the Angry Man of Jazz", e um dos seus maiores compositores; em todo o caso, o meu preferido; ou melhor, aquele cujo universo se aproxima mais do meu temperamento.

*Seria outra grande alegria para Alexandre Soares dos Santos, grande amigo dos pobrezinhos, e uma nova oportunidade para o povo-baixo em geral ou vice-versa.

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