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Este é mais um rosto
da classe dirigente.
Assunção Esteves é a segunda figurinha do estado; uma
espécie de suplente.
Ao contrário de outra proeminente figurinha de estado, o senhor primeiro-ministro, que se diplomou
aos trinta e sete anos, Assunção já estava aposentada aos quarenta e dois.
Çãozinha parece
uma espécie de travesti com cartão de militante do pêpêdê e sotaque
transmontano; é como se Miguel Torga fosse à discoteca e se parecesse com Andy
Warhol e assim. A coisa é, de facto, um pouco estranha mas no fundo não é nada
de especial, num país que se deixa representar, em abstracto, por toda a espécie
de figuras bizarras.
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Ao que tudo indica, é ela que irá substituir (em
representação protocolar) a primeira figurinha – a titular - na final da taça
de Portugal de futebol.
Espero que chovam insultos. E que sejam copiosos. Infames.
E merecidos, como lhe competem, por inerência de funções.
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