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Paul Krugman é um economista norte-americano que ganhou
uma vez um prémio nobél por causa de uma teoria qualquer sobre, salvo seja, as
transacções comerciais globais e escreve todas as semanas (ou sempre que lhe dá
na veneta) umas merdas no Niúiórquetaimes.
Krugman é o aijesus da esquerda moderna em Portugal. E não só. Também da direita. Vai daí,
as merdas que escreve no niúiórquetaimes provocam sempre imeenso frisson neste país.
Sim, porque as nossas elites intelectuais (de esquerda e de direita) lêem imeenso o Niúiórquetaimes. Todas as semanas, nos
pasquins de Lisboa, e nos blogues, há imeensa polémica por via das interpretações ou traduções criativas que ambas fazem das merdas que o Krugman diz no
Níuiórquetaimes.
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-Krugman é um adversário intelectual da austeridade económica
(mas não por cá, só na Alemanha).
-Krugman acha que os portugueses estão a ganhar bem demais
e que deviam ganhar 30% menos do que os alemães (percebem agora porque se
interessam os nossos intelectuais da direita radical pelo que diz o Krugman?) mas
não tanto como os chineses (aqui exulta a esquerda
moderna, partidária da austeridade
moderada ou, soi-disant “inteligente”).
-Krugman discorda da receita merkozy para a Europa.
-Krugman
não acha que o euro seja lá grande espingarda.
-Krugman acha que a entrada de Portugal
no euro não foi lá grande espingarda.
-Krugman gosta imenso do sistema de segurança social europeu;
o que faz dele, na América e para a nossa direita radical (e para a moderada) um
perigoso esquerdista.
-Krugman acha que não dá para analisar Portugal porque
este é “um país de economia muito difusa”, o que quer dizer, mais coisa menos
coisa, que ele nunca tinha sequer pensado nisso pois não se preocupa com
pentelhos, coisas insignificantes - só
com a macroeconomia - o euro, o dólar, as transacções comerciais globais e o
caralho, you know.
Ou seja, como
quase todos os norte-americanos, duvido que soubesse onde fica Portugal, ou
sequer que esta choldra era país.
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Mas agora já sabe.
Foi homenageado com, não um nem dois mas três; sim, 3 - três - doutoramentos honoris causa. Por outras tantas universidades de Lisboa meudeus.
Foi homenageado com, não um nem dois mas três; sim, 3 - três - doutoramentos honoris causa. Por outras tantas universidades de Lisboa meudeus.
É preciso que se diga que estes templos do saber
português são dirigidos por alimárias professorais que se estão positivamente a cagar para o que diz o Krugman;
ensinam e preconizam todos os dias precisamente o contrário.
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Mas não faz mal. A nata dos economistas portugas pode não
aprender nada com Krugman, mas ensina-lhe geografia. Essa é que é essa. É preciso mostrar às putas
quem é que são os coirões.
Todavia, e apesar de tudo, consta que se divertiram todos imeenso.
A aula magna
estava toda iluminada (apinhada de luminárias) e todos queriam ver o Krugman.
Parecia o salão de festas da confraria do toucinho em dia de entregar o diploma
a um Maomé cínico mas desvanecido que se deixou levar para a pândega.
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1 comentário:
E colocaram a indigência no pedestal da sua mediocridade.De tudo isto o que se salva é a caricatura e a prosa.
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