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A vida divide-se em três períodos: aquilo que foi, o que é e o que será.
O que fazemos é breve; o que faremos, dúbio; o que fizemos, certo. Séneca
.O poder sempre utilizou a arte para (em algo que se veja e perdure) dar uma imagem lisonjeira de si próprio e do ideal em que acredita. Para isso sempre tentou cooptar os melhores artistas (e nos casos de sucesso, conseguiu-o). Foi assim no antigo Egipto, em Roma, até em Portugal, no Estado Novo. Presumo que continue a ser assim.
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Na Figueira da Foz o poder também tenta dar de si próprio a imagem daquilo em que acredita.
No passado dia 5 de Outubro, a Figueira inaugurou um monumento a alguém que encarna, ou corporiza, a imagem daquilo em que a cidade acredita; ou a ideia que faz de si própria: um busto de Aguiar de Carvalho. Presumo que para tal desiderato tenha logrado cooptar o artista mais capaz de o concretizar.
O monumento, numa solução estética tradicional - portanto deduzo que acessível ao bom povo a que se destina - representa, e documenta, de facto, tudo aquilo em que os figueirenses realmente acreditam (o poder na Figueira é democrático, caralho): em escala, proporção e verosimilhança.
-A escala é pífia; diminuta para as suas pretensões de monumentalidade.
-A proporção é ridícula; o bronze é mínimo para tão grande pedra: Aguiar, no seu plinto, parece um pisco em cima da burra.
- A verosimilhança, deve ser para a posteridade. Eu conheci o homenageado e a figura parece-se tanto com ele como qualquer sujeito de óculos e bigode. Podia bem representar Fernando Pessoa ou Joaquim de Carvalho. Ou o manel dos piriquitos.
Na Figueira da Foz o poder também tenta dar de si próprio a imagem daquilo em que acredita.
No passado dia 5 de Outubro, a Figueira inaugurou um monumento a alguém que encarna, ou corporiza, a imagem daquilo em que a cidade acredita; ou a ideia que faz de si própria: um busto de Aguiar de Carvalho. Presumo que para tal desiderato tenha logrado cooptar o artista mais capaz de o concretizar.
O monumento, numa solução estética tradicional - portanto deduzo que acessível ao bom povo a que se destina - representa, e documenta, de facto, tudo aquilo em que os figueirenses realmente acreditam (o poder na Figueira é democrático, caralho): em escala, proporção e verosimilhança.
-A escala é pífia; diminuta para as suas pretensões de monumentalidade.
-A proporção é ridícula; o bronze é mínimo para tão grande pedra: Aguiar, no seu plinto, parece um pisco em cima da burra.
- A verosimilhança, deve ser para a posteridade. Eu conheci o homenageado e a figura parece-se tanto com ele como qualquer sujeito de óculos e bigode. Podia bem representar Fernando Pessoa ou Joaquim de Carvalho. Ou o manel dos piriquitos.
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Ironicamente, foi a cinco de Outubro, a propósito do esquecimento público de Cândido Costa Pinto, que me referi ao costume figueirense de incensar a mediocridade. Esqueci-me de acrescentar que eles o fazem (incensam a mediocridade, ou mesmo a venalidade) com ainda mais mediocridade. É uma espécie de compulsivo “chover no molhado”. Presumo que os costumes têm que ver com os hábitos, e estes com aquilo em que as pessoas realmente acreditam.
Ironicamente, foi a cinco de Outubro, a propósito do esquecimento público de Cândido Costa Pinto, que me referi ao costume figueirense de incensar a mediocridade. Esqueci-me de acrescentar que eles o fazem (incensam a mediocridade, ou mesmo a venalidade) com ainda mais mediocridade. É uma espécie de compulsivo “chover no molhado”. Presumo que os costumes têm que ver com os hábitos, e estes com aquilo em que as pessoas realmente acreditam.
.Contudo, aquilo em que os figueirenses realmente acreditam está patente não só no que fazem de propósito, como o busto de Aguiar, mas até mesmo no que fazem sem querer.
A título de exemplo, a instalação, receio que definitiva, feita com um simples pé de tamareira (Phoenix Dactylifera) que a foto documenta, à porta do CAE, é um monumento involuntário que demonstra que, na Figueira da Foz, os erros do passado são invariavelmente soluções para o futuro. Para que se veja e perdure.
A título de exemplo, a instalação, receio que definitiva, feita com um simples pé de tamareira (Phoenix Dactylifera) que a foto documenta, à porta do CAE, é um monumento involuntário que demonstra que, na Figueira da Foz, os erros do passado são invariavelmente soluções para o futuro. Para que se veja e perdure.
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2 comentários:
Mercado da Figueira...
amanhâ reunião de câmara...
Obras do Mercado voltam à estaca zero...
Anulação de concurso de obras por chumbo do tribunal de contas...
IPTM(Jurisdição Costeira) não garante estadia de provisório no tempo de obras...
Câmara diz aos concessionários que sim...eles(IPTM) no Jornal as Beiras dizem que não...
(Fácil meter comerciantes a andar...)
O CREN avança com 30% do total da obra,por necessidade de escoamento de verbas?(dito à direcção da Associação dos Comerciantes do mercado na sexta feira)
VERGONHA...
Mais que um comprimido Azul...é concluir o óbvio...e perceber que o doente não está tão doente quanto isso...e que existem "outros" ao lado com muito mais prioridade nesses cuidados de saúde...(para este bastam 825 mil euros das contrapartidas do Jogo (obrigatórias) que o CASINO...tem que dar...
(EU CUSTÓDIO CRUZ FAÇO A OBRA...)
Custódio Cruz disse...
Mercado da Figueira...
Amanhâ reunião de câmara...
Obras do Mercado voltam à estaca zero...
Anulação de concurso de obras por chumbo do tribunal de contas?...
IPTM(Jurisdição Costeira) não garante estadia de provisório no tempo de obras...
Câmara diz aos concessionários que sim...eles(IPTM) no Jornal as Beiras dizem que não...
(Fácil meter comerciantes a andar...)
O CREN avança com 30% do total da obra,por necessidade de escoamento de verbas?(dito à direcção da Associação dos Comerciantes do mercado na sexta feira)
VERGONHA...
Mais que um comprimido Azul...é concluir o óbvio...e perceber que o doente não está tão doente quanto isso...e que existem "outros" ao lado com muito mais prioridade nesses cuidados de saúde...(para este bastam 825 mil euros das contrapartidas do Jogo (obrigatórias) que o CASINO...tem que dar...
(EU CUSTÓDIO CRUZ FAÇO A OBRA...)
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