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sábado, 11 de dezembro de 2010

O tremendismo abstracto


“A economia está a ser aniquilada pelo estado social”Daniel Bessa
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Daniel Bessa é um daqueles “maitres a penser” de casino –tal como os carreiras (o Medina e o Tony), o Catroga, os cardeais (o Policarpo e o Saraiva Martins), o António Nogueira Leite, o Adriano Moreira, o Marinho Pinto, etc., etc., - que, às vezes na Figueira da Foz, conversam 125 minutos com a Fátima Campos Ferreira.
.O Bessa é uma espécie de Catroga, mas mais gordo, menos gago e mais hirsuto.
Mas não muito mais inteligente. Estão bem um para o outro. São dois colossos.
.O Bessa é um daqueles “reputados intelectuais”, quase todos ex-qualquer coisa, que sobrenadam em chorudas reformas e outras abébias ou prebendas igualmente pornográficas mas não se cansam de pregar aos portugueses sobre os benefícios da pobreza.
.O Bessa é um daqueles “economistas” para os quais o problema de Portugal é que os tugas estão a ganhar bem demais e tudo se resolvia despedindo-os e contratando-os depois a preços módicos; ou seja, em português: fodendo-os e pagando-lhes mal.
- Se bem percebo esta tese, para a seita do Bessa a economia de um país é tanto mais florescente quanto mais pobres forem os seus cidadãos. Eu acho-a um tanto arrevesada mas é original e vai fazendo o seu caminho (basta ver as últimas sondagens).
.Para o Bessa, o que está a aniquilar a economia e o país não é a má governança, a corrupção generalizada, a impunidade selectiva, a desigualdade social, a ignorância profunda, o analfabetismo militante, a passividade bovina dos cidadãos ou a estupidez em geral. Não. É o estado social.
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Para o Bessa e a sua seita a “economia” é um ente supremo, um fim em si mesma; um ideal abstracto; uma espécie de religião.
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Trata-se de um" filósofo" que eu não entendo.
Mas isto, claro, sou eu a dizer, que não percebo nada de finanças.
Tenho uma pequena biblioteca (enfim, nada que se compare com a do Pacheco Pereira).
E não acho que o melhor do mundo sejam as crianças. Prefiro as mais crescidinhas.
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