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segunda-feira, 22 de março de 2010

Nu deitado (estudo nº 2)






“Ah, ce que j’aime les femmes; et pas comme un vieux cochon.”
Pierre Auguste Renoir

Parece que, aos setenta e dois anos, Pierre Auguste Renoir terá dito: “Finalmente estou a aprender a pintar”. Boutade ou não, foi nesta fase tardia da sua vida que Renoir produziu os mais maravilhosos nus femininos da sua obra, as monumentais banhistas, que uma recente exposição em Paris, revelou o quanto influenciaram Matisse mas também Picasso (Renoir era o artista mais representado nas colecções particulares de ambos) e toda a arte do século vinte.
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Henri Matisse, no seu “escritos e reflexões sobre arte”, refere que numa fase da sua juventude tinha o hábito de visitar Renoir. O velho mestre, na derradeira fase da sua vida, sofria terrivelmente de artrite (exigia que lhe atassem os pincéis às mãos para que pudesse pintar). Certo dia, notando que cada pincelada fazia com que Renoir gemesse de dor, Matisse não se conteve: "mestre, a sua obra já é vasta e importante. Por que continua a torturar-se?"
"Muito simples", respondeu Renoir -"a dor passa, mas a beleza permanece".
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