.

sábado, 23 de janeiro de 2010

I gotta feeling


Sou de opinião de que tudo o que existe no mundo pode ser dito em português; o que não pode é porque já está escrito em latim ou pode ser sussurrado em galego - que é a mais antiga e formosa forma de falar português.
Os galegos manifestaram-se ruidosamente em Santiago de Compostela e noutras localidades contra a vontade da Xunta de reduzir em 50% a presença da língua mãe no horário escolar. Quase ninguém de bom senso entende um decreto-lei que “favorece o inglês em detrimento do galego”.
Contrariamente às outras autonomias espanholas (os catalães e os valencianos têm modelos educativos que “protegem” as suas línguas “próprias”) e à semelhança de Portugal, a Galiza também tem, helas, o costume de eleger cretinos para a defesa dos seus interesses e cultiva igualmente a fascinação dos pacóvios pela língua de David Beckam. Em Portugal, por exemplo, veja-se a escolha que a representação desportiva do país no campeonato mundial de futebol fez para “hino oficial”.
Puta que os pariu. Eu também “tenho a sensação” de que, à semelhança de muitos outros portugueses, além de já “torcer” naturalmente pelo Brasil, irei descobrir em mim um insuspeitado torcedor fervoroso da Costa do Marfim ou quiçá mesmo da Coreia do Norte.
Segundo Castelao, tão injustificadamente ignorado em portugal, “A nosa "lingua rústica" vive porque aínda temos moito que decir nela”. Castelao foi também um emérito artista gráfico. Ao alto, uma notável caricatura sua de um outro galego ilustre, Ramon de Valle Inclán.
.
.

1 comentário:

Cid Simões disse...

Primeiro cortam-nos as raízes, depois é só empurrar a árvore e tomar conta da terra. O cilindro está a avançar a todos os níveis e de modo lento mas irreversível onde haja cobardia.