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segunda-feira, 1 de junho de 2009

a parada das sardinhas



A parolice não tem limites.
Na Figueira da Foz não há limites. A parolice pomposa só tem comparação com a chicoespertice. E é igualmente inimputável.
O Centro de Artes e Espectáculos (CAE) fez sete anos. A inefável empresa que gere esse (como eles dizem) “equipamento”, resolveu que as comemorações eram coisa para 3 dias. Porque, dizem, “o sete é um número mágico”(!).
Mas o que mais me intriga na “programação cultural” - para além das bandeirinhas e de uma grandiosa exposição (com entrada gratuita) que explica a prodigiosa política cultural da equipa que tem gerido o designado “equipamento” - são coisas como a “dança vertical dinâmica” e a “Sardinha Parade”. Da primeira até tenho medo de perguntar o que seja, mas deduzo que seja mais uma “actividade” para épater competentemente os pacóvios, tal como a segunda, da qual julgo ter lido que se trata de uma “actividade” em que 15 artistas plásticos irão pintar ao vivo outras tantas sardinhas gigantes(!), que durante o Verão serão colocadas em locais estratégicos da cidade, “até serem adquiridas por empresas ou entidades. A receita poderá ser entregue a instituições do concelho, explicou Ana Redondo.” (Devo dizer que não me canso de lastimar que alguns colegas meus continuem a aceitar participar neste tipo de anedotas circenses, ainda por cima, como sempre e lamentavelmente, à borla).
Claro que tão ambicioso programa “artístico” só pode ser acompanhado de um painel de “oradores ilustres” que tratarão de demonstrar quão rutilante terá sido a gestão económica e o brilho cultural do “equipamento” durante os seus sete anos de vida.
Não há sardinha parade sem um correspondente desfile de carapaus de corrida. Ah, e sem a habitual multidão de basbaques. Sim porque presumo que uma espampanante festarola auto-promocional como esta terá sempre, como eles dizem, um “público alvo”.

1 comentário:

Anónimo disse...

Figueira da Foz teve em tempos fortes tradições na pesca do bacalhau. Infelizmente, ou talvez não, boa parte do espólio sobre a pesca do bacalhau e da epopeia bacalhoeira figueirense foi parar a Ilhavo. Sendo assim proponho que o próximo S. João seja dedicado à punheta de bacalhau.