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Eça de Queiroz bateu-se como poucos contra esse endémico mal tão naturalmente aceite entre nós: a corrupção. As suas páginas estão cheias de finas ironias e pesados sarcasmos acerca desse estranho consenso nacional, a cunha. Ele próprio foi vítima da cunha. Os últimos acontecimentos políticos em Portugal vieram chamar de novo a atenção para esse quotidiano venal normalizado.
Os ingleses têm dos povos do sul da Europa a ideia, já antiga, de uma gente atavicamente predisposta à venalidade. Os recentes acontecimentos em Portugal parecem ilustrar com cores luxuosas esse velho preconceito britânico: nem de propósito, parece que a coisa além de cunhas também meteu libras esterlinas.
Não sei o que se passa convosco, leitores deste blogue, mas eu sinto-me mais do que envergonhado, vexado.
E não há Eça que nos redima. Até porque o pobre José Maria foi um “vencido da vida”.
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Eça de Queiroz bateu-se como poucos contra esse endémico mal tão naturalmente aceite entre nós: a corrupção. As suas páginas estão cheias de finas ironias e pesados sarcasmos acerca desse estranho consenso nacional, a cunha. Ele próprio foi vítima da cunha. Os últimos acontecimentos políticos em Portugal vieram chamar de novo a atenção para esse quotidiano venal normalizado.
Os ingleses têm dos povos do sul da Europa a ideia, já antiga, de uma gente atavicamente predisposta à venalidade. Os recentes acontecimentos em Portugal parecem ilustrar com cores luxuosas esse velho preconceito britânico: nem de propósito, parece que a coisa além de cunhas também meteu libras esterlinas.
Não sei o que se passa convosco, leitores deste blogue, mas eu sinto-me mais do que envergonhado, vexado.
E não há Eça que nos redima. Até porque o pobre José Maria foi um “vencido da vida”.
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2 comentários:
É como vê, senhor Fernando, só não está envergonhado quem não tem vergonha.
Mas não esqueçamos, Sr. Campos, que ele também se serviu da cunha...
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