.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Goya



No ano em que Portugal comemora os duzentos anos, reparem bem, da fuga da família Real para o Brasil(!), a Espanha comemora os duzentos anos da recuperação da sua independência (contra a França ocupante).
puta madre, como vedes, a praxis marca a diferença, o critério e o estilo e também define a estirpe.
Acontece a quem tem referenciais de Génio e de verdadeira Grandeza.
E a quem os não tem.
.

No passado dia 15, os reis abriram as comemorações inaugurando, no Museu do Prado, a mostra “Goya en tiempos de guerra”, uma grande exposição de 200 obras de Francisco de Goya, executadas entre 1794 e 1819. "No es una exposición para pasar un buen rato, es una revisión sobre la violencia y su actualidad"
A visão de Goya sobre a guerra já dominava uma outra mostra inaugurada em Fevereiro na Biblioteca Nacional de Espanha.

Mas o melhor mesmo das comemorações é a edição, num único volume, de toda a obra gráfica do grande aragonês. Os disparates, os Caprichos, a Tauromaquia, os Desastres da Guerra, os Prisioneiros e alguns inéditos.
.
É a vida, coño! Há os que comemoram um rei que fugiu(!!).
Há outros que comemoram um plebeu que ficou e mostrou como foi.
Sem heróis, nem anjinhos nem baboseiras.

Está bom de ver que, depois da guerra e do regresso do rei e da inquisição, chegou a vez do artista fugir.

Morreu exilado em Bordéus, em 1828.
.

Sem comentários: