A "estória" do Lorvão ficou detida no computador enguiçado.
Fica prometida.
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Eu, desde sempre, aprecio o carácter de “rascunho” de certos desenhos. Ainda hoje me agradam os desenhos dos escultores. Ou dos arquitectos. O desenho funciona para eles como uma ferramenta que os ajuda a visualizar os projectos, uma espécie de “bengala de memória”. Nem eles os consideram ”arte”, e não o serão, no sentido de “produto acabado”, mas têm, creio, uma espontaneidade e uma “energia” que escapa, amiúde, à obra acabada. Talvez porque o desenho registou, na primeira impressão, o sentimento primordial, o “gesto sincero” que despoletou a ”sensação” e potencia todas as emoções.
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Vem isto a propósito de, quando jovem, eu querer ser escultor. Estes bosquejos antigos foram tentativas de visualizar o meu motivo. Neste caso o corpo. Feminino. Aqui ficam como testemunho de um devaneio. Têm a ingenuidade da juventude (o mais antigo é de 1977) mas uma frescura e uma energia que ainda me cativam.
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