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quinta-feira, 14 de junho de 2007

a 2ª máscara

(madeira, contraplacado, cartão, uma velha serra de arco, espelho de fechadura, anilhas. um fecho com lingueta, pregos, taxas de latão)
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Eis outro dos achados de 2005.
Este é o caso de uma máscara que não tem por função ocultar - mas revelar, sugerir…
O facto de os elementos utilizados na sua construção terem sido achados, não impede contudo que não tenham sido criteriosamente escolhidos.
A revelação acontece quando se logra descodificar o total da soma das partes, incluindo os sentidos e implicações diversos das suas variadas origens…
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As máscaras têm sido para mim, recorrentemente, muito mais do que um simples motivo. Trata-se de uma questão de identidade.
Muito para lá da primordial função de garantir anonimatos ou de sonegar identidades, existem outras funções menos prosaicas para as máscaras: representar, sugerir, significar, interpretar.
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As máscaras, por serem expressões, humanas ou animais, petrificadas, ganham uma expressividade, um vigor e um mistério indefinidos. Adquirem qualidades inquietantes, o que lhes garante, da minha parte, um fascínio e uma devoção que já vem da infância.
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Em breve contar-vos-ei uma estória que talvez explique um pouco desse fascínio antigo.
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