Naquilo que se vai já tornando um longo percurso, tenho feito um bom número de auto-retratos. Não creio que seja particularmente narcisista. Talvez uma necessidade íntima de confrontar-me e ao que sou com o que sei e pareço: a minha imagem e todos os seus transitórios significados.
E também porque para um artista, a imagem mais próxima e imediata é a própria, a sua: a primordial matéria-prima de reflexão.Esta é uma pintura que fiz como uma brincadeira para minha filha. É uma pequena tela de 2003, na qual tentei fazer como que uma auto-caricatura. Que pai não retira prazer do riso dos filhos? (Faz de burro, pai!) Uma parte do cachet do palhaço é mesmo a gargalhada da geral, não?
Fora essa retribuição ocasional, o objecto em si, agrada-me. - Por isso o partilho com todos vós.
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