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Os meios de comunicação portugueses descobriram que Maria Teresa Horta é uma mulher excepcional. E não se cansam de o repetir. Mas, como sempre, não chegaram lá sozinhos. Souberam-no pela BBC, que acaba de a incluir na lista das 100 mulheres mais influentes e inspiradoras do mundo, na actualidade.
Mas
eu já sabia há muito tempo. Em Setembro de 2012, a propósito de
uma da suas atitudes inspiradoras, dediquei-lhe uma posta - que dizia
assim:
Maria Teresa Horta é uma escritora que é dona
de um atributo raro em Portugal (sobretudo entre homens): coragem
cívica.
Mas não é de agora. Ela tem um vasto curriculum na defesa militante da condição feminina (e da justiça em geral) que vem do tempo em que o fazia jogando não só a liberdade, mas também a reputação.
E escreveu belos versos de um erotismo livre e sem pudor.
Recentemente escreveu também uma biografia de outra mulher notável (a Marquesa de Alorna, sua avó em quinto grau) e venceu o prémio literário D. Dinis. E, tal como este bom rei de Portugal, ela fez exactamente “quanto quis”: recusou-se a recebê-lo das mãos do “senhor” primeiro-ministro Passos Coelho porque, muito judiciosamente, o acha um biltre..
Isto não “é de homem”.
Porque Maria Teresa é uma senhora. Uma Senhora.
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