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terça-feira, 8 de setembro de 2015

José Clemente Orozco

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Ontem, 7 de Setembro, fez sessenta e seis anos que morreu de um dos maiores pintores do século vinte. O google, sempre tão solícito nas efemérides redondinhas não no-lo recordou com um dos seus rutilantes e engraçadinhos gúguelesdúdeles - o que faz aliás algum sentido, diga-se, tratando-se de alguém que – de forma veemente e com uma expressividade  sem concessões - “soube fazer-nos ver, através da sua obra, todo o acúmulo de circunstâncias que atravessou o homem contemporâneo”.
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Trata-se de José Clemente Orozco. O mais desconhecido dos três grandes do chamado “muralismo mexicano” e, no entanto, talvez o meu preferido. Aquele cuja atitude e temperamento julgo mais próximas da minha sensibilidade. Aquele para quem a pintura “não devia ser um comentário mas o facto em si; não um reflexo mas a própria luz; não uma interpretação mas a coisa a interpretar”.
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Também caricaturista, na juventude, dele se diz que conheceu pessoalmente o grande José Guadalupe Posada. O que não deve ter sido despiciendo, para quem também achava que Lo que vale es el valor de pensar en voz alta, de decir las cosas tal como se sienten en el momento en que se dicen”.
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