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Ontem, 7 de Setembro, fez sessenta e seis
anos que morreu de um dos maiores pintores do século vinte. O google, sempre tão solícito nas
efemérides redondinhas não no-lo recordou com um dos seus rutilantes e engraçadinhos
gúguelesdúdeles - o que faz aliás algum
sentido, diga-se, tratando-se de alguém que – de forma veemente e com uma expressividade sem concessões - “soube fazer-nos ver, através da sua obra, todo o acúmulo de
circunstâncias que atravessou o homem contemporâneo”.
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Trata-se de José Clemente Orozco. O mais desconhecido dos três grandes do chamado “muralismo
mexicano” e, no entanto, talvez o meu preferido. Aquele cuja atitude e temperamento julgo mais próximas da minha sensibilidade. Aquele para quem a pintura “não devia ser um comentário mas o facto em si; não um reflexo mas a
própria luz; não uma interpretação mas a coisa a interpretar”.
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Também
caricaturista, na juventude, dele se diz que conheceu pessoalmente o grande José Guadalupe Posada. O que não deve ter sido
despiciendo, para quem também achava que “Lo
que vale es el valor de pensar en voz alta, de decir las cosas tal como se
sienten en el momento en que se dicen”.
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