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sábado, 14 de fevereiro de 2015

o candidato dasquerda

Non, la sterilité n´est pas héréditaire.
Alphonse Allais

Este blogue está lamentavelmente a tornar-se um tanto repetitivo. Há cromos que se repetem. Receio no entanto que isso se possa explicar de modo sucinto pela comprovadamente débil capacidade de renovação das gerações neste país - e portanto, também da sua classe dirigente.

António Vitorino, de quem já falei algures neste blogue, apresta-se para ser candidato ao cargo de presidente da República. 
Vitorino é um caga-tacos redondinho e solícito  que, sempre reluzente de auto-satisfação, se tem notabilizado por administrar parcerias publicóprivadas ou presidir assembleias gerais de grupos económicos privados cuja abastança e prosperidade está directa, impune e alegremente relacionada com uma evidente proximidade promíscua com o estado.
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Assim, o recém-nomeado “administrador não-executivo” dos CTT (privatarizados recentemente plo actual governo para a Golden Sachs) vai ser, tudo leva a crer, o candidato do pasóque tuga à sucessão do triste verme taralhouco que lá está. Contudo, se este foi eleito pelo bom povo que crê em deusnossosenhor, nos benefícios da autoridade e na vidinha sem sobressaltos, a imprensa e as televisões vêem neste “facilitador de negócios” o candidato “da esquerda”.
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E há povo qu’acardita. Deve ser aliás o mesmo povo desquerda que - segundo confidência recente de Mário Soares, essoutro grande vulto desquerda - respondendo aos apelos da santa madre igreja e do patriarca de Lisboa de então, encheu de ululante pugressismo a Fonte Luminosa, em 1975.
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Decididamente, há demasiado povo neste país para quem um caralho continua a ser um assobio.

Ou seja, há coisas que não se herdam, merecem-se: e isto é assim de geração em geração.
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4 comentários:

cid simoes disse...

Estão a promover o laxante que melhor lhes convenha, o cheiro da merda será sempre o mesmo.
(De memória: “Dêem-me os mídia e farei de vós canibais – Robert Musil”.)

platero disse...

gosto - a começar pela cor da gravatinha

abraço

Judite Castro disse...

:) caga-tacos mesmo :)

cesário vermelho disse...

Na Faculdade de Direito era conhecido como o "pisa papéis".