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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

o vazio absoluto da onda


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António Jorge Pedrosa é um moço político figueirense.
Muito prolixo, trocou a bloga plo feisse buque, comenta na rádio e na têvê locais, escreve nos jornais, etc. Jovem e bem-parecido, embora também pareça modernaço e desempoeirado, enfim quase progressista, é tão vazio e destituído de qualquer função cerebral minimamente assertiva como outros políticos da sua área e geração, ou até mais velhos.
Ex-militante socialista, não se sabe que sensibilidade ou filosofia informa o seu, digamos assim, pensamento político, mas pode deduzir-se que tem da vida uma visão “empresarial”, pois considera-se candidamente um “colaborador” da empresa onde trabalha. Ou seja, de certo modo, Pedrosa representa o político-tipo que tanto agrada ao bom povo que tem votado nas últimas eleições. O futuro está pois salvaguardado. A coisa promete, portanto.
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Nas últimas eleições fez-se eleger deputado municipal por uma força política constituída por enjeitados das outras duas do “arco do poder” e, uma vez por semana, escreve umas larachas num diário de largo espectro regional, que assina como “gestor de recursos humanos” - que é, suponho, o eufemismo algo pretensioso mas politicamente correcto agora em voga para o que há alguns anos se chamava, mais prosaicamente, “capataz”.
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Apesar de em geral a profundidade das “pedrosadas” que semanalmente faz publicar no “jornal” As Beiras se balizar estritamente pelo mínimo denominador comum do pensamento político de um taxista de Lineu, por vezes - e foi isso que captou a minha atenção e lhe concedeu o mui exclusivo privilégio de figurar no meu Album Figueirense - por vezes, ultrapassa o registo mediano dessa banalidade e atinge, aos gritos, a atrocidade:
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-como naquela “crónica”, para a qual convocou a sua própria filha de quatro anos, em que fez uma tão delicodoce e sentimental quão repugnante apologia da caridadezinha.
-ou naqueloutra, não menos gritantemente repulsiva, em que exortou o poder local a tratar “com carinho” empresários de fortuna duvidosa e enigmática como Sabir Ali, ou condenados em tribunal por “pertinácia criminosa”, como Aprígio Santos.
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Porém, na mais recente “pedrosada” semanal, decretou que “o nome Figueira 100% esgotou-se” (trata-se do nome da formação política que ele próprio representa). No entanto, apressou-se a explicar que pode gerar-se uma “congregação” à volta de um ou dois nomes que permita uma nova candidatura independente. Com outro nome. Mas com o mesmo pugrama. Ou vice-versa, não sei se me estão a acompanhar. Assim como assim, será certamente um pugrama 100 % figueirinhas: nem de esquerda nem de direita, antes plo contrário, como de costume.
Em todo o caso, António Jorge Pedrosa é que não pode avançar porque está muito comprometido com a sua actividade profissional (vocês sabem, recursos humanos), mas qualquer um dos santos - Nogueira Santos, o líder do movimento na Assembleia Municipal ou Daniel Santos, o seu líder na Câmara dos vereadores - poderá, desde já, contar com o seu apoio.

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Foda-se, não há pachorra.
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