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domingo, 18 de novembro de 2012

Bordalo e moi, ó pra nós

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Em vésperas de inaugurar uma exposição de caricaturas e de esculturas estive recentemente nas Caldas da Rainha. Em busca de, enfim, algo muito específico para construir uma das minhas últimas peças.
A cidade continua um manancial para a arte portuguesa, cultivando a sua tradicional relação electiva com a escultura e com a cerâmica: o jardim de água, de Ferreira da Silva, o belo parque e as suas esculturas, o magnífico Museu Malhoa, o de Barata-Feyo e o de António Duarte, a arte popular, etc, etc....
Apesar de ter chegado em dia de feira da fruta não pude deixar de visitar o maior artista português de todos os tempos, e assim, de certo modo, pedir-lhe a bênção.
Embora aqui ele ainda esteja um pouco por todo o lado, encontrei-o no Museu Malhoa, na ante-câmara da sala consagrada às suas notáveis terracotas da Paixão de Cristo.
A minha filha, que sabe do apreço que lhe tenho, quis fotografar-me com ele. Lá posei, o mais dignamente que me foi possível, um tanto contrito e intimidado, para gáudio de Bordalo que, por detrás do monóculo e do bigodão, parece particularmente divertido.
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O sinal do extintor não é montagem, estava mesmo lá e acho muito bem (sei aliás que o Tubo d'Ensaio d'Artes também está devidamente munido destes competentes apetrechos) porque, como é sabido, a alta concentração de agentes fortemente corrosivos pode ser potencialmente incendiária. 

2 comentários:

Luis Filipe Gomes disse...

Pois ficais muito bem ambos os dois juntos um ao pé do outro e bem pareceis estar conspirando qualquer coisa.
Com o lápis aguçado pois claro.

cid simoes disse...

Muito prazer em conhecê-lo.