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Maria Teresa Horta é uma escritora que é dona de um
atributo raro em Portugal (mesmo, ou sobretudo, entre homens): coragem cívica.
Mas não é de agora. Ela tem um vasto curriculum na defesa
militante da condição feminina que vem do tempo em que o fazia jogando não só a
liberdade, mas também a reputação.
E escreveu versos de um erotismo livre e sem pudor.
Recentemente escreveu também uma biografia de outra mulher
notável (a Marquesa de Alorna, sua avó em quinto grau) e venceu o prémio literário D. Dinis. E, tal como este bom rei de
Portugal, ela fez exactamente “quanto quis”: recusou-se a recebê-lo das mãos do “senhor”
primeiro-ministro porque, muito judiciosamente, o acha um biltre.
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Isto não “é de homem”.
Porque Maria Teresa é uma senhora. Uma Senhora.
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1 comentário:
Nem sequer escapou o sinalzinho no lábio superior.
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