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Heitor Chichorro é um artista admirável.
Além de um talento indiscutível e de uma obra cada vez
mais valiosa e reconhecida, é dono de uma generosidade inaudita. Tenho para com ele uma inesquecível, e impagável, dívida de gratidão.
Foi a sua defesa entusiasmada (eivada de vernáculos superlativos
e generosos) deste meu retrato de um vagabundo, numa exposição colectiva, no Casino da Figueira em 1992, que
proporcionou a sua venda ainda antes da inauguração; o que me permitiu, com a
venda também de uma paisagem já no fim da dita mostra, dois meses de algum desafogo financeiro e a preparação, com a dignidade possível, da minha primeira (e única, até à
data) exposição individual no Museu Municipal Santos Rocha.
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Mas ninguém é perfeito. Nem sequer Heitor Chichorro.
Pôs-se
a jeito (é o que algumas pessoas fazem
no Face-Book) e, para mim, foi irresistível. Frechei-o.
Fiz-lhe a caricatura.
Eu sei que nada tenho a temer, para lá de alguns
palavrões cabeludos e uma possível gargalhada.
Além da generosidade e do talento, Heitor Chichorro também
é dono de um extravagante sentido de humor.
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