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terça-feira, 21 de agosto de 2012

Heitor Chichorro



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Heitor Chichorro é um artista admirável. 
Não, nem sequer é meu amigo - nunca fomos muito próximos - a não ser agora, pelo Face-Book.
Além de um talento indiscutível e de uma obra cada vez mais valiosa e reconhecida, é dono de uma generosidade inaudita. Tenho para com ele uma inesquecível, e impagável, dívida de gratidão. 

Foi a sua defesa entusiasmada (eivada de vernáculos superlativos e generosos) deste meu retrato de um vagabundo, numa exposição colectiva, no Casino da Figueira em 1992, que proporcionou a sua venda ainda antes da inauguração; o que me permitiu, com a venda também de uma paisagem já no fim da dita mostra, dois meses de algum desafogo financeiro e a preparação, com a dignidade possível, da minha primeira (e única, até à data) exposição individual no Museu Municipal Santos Rocha.
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Mas ninguém é perfeito. Nem sequer Heitor Chichorro. 
Pôs-se a jeito (é o que algumas pessoas fazem no Face-Book) e, para mim, foi irresistível. Frechei-o
Fiz-lhe a caricatura.
Eu sei que nada tenho a temer, para lá de alguns palavrões cabeludos e uma possível gargalhada.
Além da generosidade e do talento, Heitor Chichorro também é dono de um extravagante sentido de humor.

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