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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O grande jacaré





Volvidos oito anos sobre a sua morte (a 22 de Fevereiro) ainda é difícil encontrar entre os angolanos, e mesmo entre estrangeiros, uma visão distanciada e desapaixonada da sua vida atribulada e da sua contraditória “obra”. Talvez esta biografia, do jornalista português João Paulo Guerra, elucide os espíritos sobre o trajecto deste amigo de Mário Soares “que combateu o colonialismo português, aliando-se aos colonialistas, que lutou pela negritude, aliando-se ao apartheid, que se bateu contra o MPLA, eliminando pelo caminho alegados conspiradores e feiticeiras da própria Unita, que montou uma formidável máquina de guerra, chegando a dominar dois terços do território de Angola, e acabou a comandar uma fuga trágica para a morte.”
.Mas até a sua morte foi (é) polémica. Morto em combate, friamente assassinado ou heroicamente suicidado, o certo é que o seu triste fim não foi ainda o fim do tempo que faz o prestígio dos régulos cúpidos, caprichosos e sanguinários que assombram a África desde os tempos da escravatura. A História recente de Angola, com a aprovação de uma Constituição que consagra um projecto megalómano de poder pessoal, aí está para o provar.
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4 comentários:

Olga Tronchuda disse...

Ó xinhor Frenando o Chavimbi era preto e o xinhor pintou-o de branco?

Ti Hortênsia do Iselindo disse...

Ó Olga tú anda me para o lare andas sempre a meter-te cúas pexoas. Alembra-te pore inxemplo e xe entrementes acabou xe lhe a tinta e o sinhore já num pode acabare o disenhu? Num penxas-te nixo pois não?

Fernando Campos disse...

Minhas lindas senhoras,
tem tudo a ver com a liberdade artística.
Devo contudo dizer que, apesar de todo o acto criativo ser discricionário por excelência,
o desenho tem os seus códigos; reproduz o mundo segundo regras convencionadas que os seus destinatários entendem e aceitam. Mais ou menos como a fotografia a preto e branco: reduz as mil cores da realidade a uma gama limitada de tons grisalhos de uma forma que as pessoas aceitam, mesmo sabendo que as coisas não são assim.
No caso do desenho gráfico e, segundo a convenção, o “preto” e o “branco” são “não cores”, e não "descrevem", “enunciam”.
Já as cores podem ter uma função realista e descritiva mas também emocional e simbólica, ou alegórica: sublinham e enfatizam o “sentido” e a “intenção” do desenho, ora como o coro numa tragédia grega, ora como uma trompa numa orquestra de violinos.

Ti Hortênsia do Iselindo disse...

Toma que é prá aprinderes Dona òlga. O brancu num é brancu o prétu num é pretu. Bem o tintu debe continuar a xer num é? Istu anda tudo mudadu rapariga salbo seija num é. E o sinhore aqui deste lare tem araizão tódinha as córes fotam pra uma éspecie de conbenxão ou outra coixa axim. Temus que boltarprá iscola Ólga já cas cores já não xão oque eram. Muito agardexido senhore por aturar duas belhas doidas.e desculpe a Dona òlga quella faz istu prá prender e não pra brincare. Mas òlhe que de lindas já fómos xim xenhora xa fomos e quando me poinho a penxar nixo bem-me a lágrimas aos oilhos.