O Museu Soares dos Reis é um dos meus museus de arte preferidos. É natural que, estando no Porto e tendo tempo, tenha aproveitado para o revisitar e, de caminho, mostrar a minha filha um dos mais notáveis acervos da arte portuguesa do século dezanove (mas não só).
Foi neste museu, beneficiado aquando das obras do Porto 2001-Capital Europeia da Cultura, que descobri fascinado há mais de vinte anos, uma preciosa colecção de enormes desenhos a carvão de Abel Salazar. É ali que estão, (entre outras, Silva Porto, por exemplo) a obra completa (pintura) de Henrique Pousão e do escultor António Soares dos Reis (de quem fotografei, obviamente sem flash e sob o olhar benevolente mas circunspecto da vigilante, um pormenor de o desterrado).
Noutro qualquer país o público formaria filas intermináveis à porta de um museu destes para ver artistas assim.
Pousão morreu muito jovem, tal como Soares dos Reis. Um, de doença contagiosa; o outro com dois tiros na cabeça: ambos desterrados na sua terra e incompreendidos no seu tempo.
E contudo eu não acho estranho que ainda assim continuem: “esperando o sucesso”, cem anos depois e apesar de os dois juntos, cada um na sua arte representarem o cume da arte portuguesa de novecentos.
Foi neste museu, beneficiado aquando das obras do Porto 2001-Capital Europeia da Cultura, que descobri fascinado há mais de vinte anos, uma preciosa colecção de enormes desenhos a carvão de Abel Salazar. É ali que estão, (entre outras, Silva Porto, por exemplo) a obra completa (pintura) de Henrique Pousão e do escultor António Soares dos Reis (de quem fotografei, obviamente sem flash e sob o olhar benevolente mas circunspecto da vigilante, um pormenor de o desterrado).
Noutro qualquer país o público formaria filas intermináveis à porta de um museu destes para ver artistas assim.
Pousão morreu muito jovem, tal como Soares dos Reis. Um, de doença contagiosa; o outro com dois tiros na cabeça: ambos desterrados na sua terra e incompreendidos no seu tempo.
E contudo eu não acho estranho que ainda assim continuem: “esperando o sucesso”, cem anos depois e apesar de os dois juntos, cada um na sua arte representarem o cume da arte portuguesa de novecentos.
Apesar de vivermos o ano Pousão, é uma lástima que a grande exposição comemorativa dos 150 anos do pintor (antológica e de homenagem) tenha encerrado em Junho(!).De maneiras que tive o museu só para mim. Obviamente escoltado por vigilantes diligentes, foi óptimo para a minha fobia de ajuntamentos. Mas quando saí para a rua, para o sol de Agosto, vinha tomado por uma estranha e indisfarçável melancolia.
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2 comentários:
O prazer de ler de apreciar os desenhos, fotografias ou esculturas e neste caso a dificuldade em interromper Chopin. E é este equilíbrio que me faz voltar.
eu perdi essa exposição, uma lástima. seria um dos icones da nossa pintura se não tivesse falecido tão jovem
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