Após alguns dias de um revigorante dépaysement (o Porto, o Douro e o Gerês), propositadamente afastado da Figueira e da bloga, eis-me de regresso.
Just in time. A silly season está no auge.
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Ao alto um carvalho, no lugar de Assureira, no Gerês, perto da ruína de um magnífico banco de granito, que a incúria e o mais insano desleixo deixaram chegar à decrepitude, com a seguinte inscrição, gravada numa placa de bronze (ainda) intacta: “EM UMAS TOSCAS PEDRAS QUE OS FREQUENTADORES DO GEREZ CHAMAVAM OS BANCOS DO RAMALHO COSTUMAVA VIR AQUI SENTAR-SE LENDO E ESCREVENDO O NOTÁVEL ESCRITOR JOSÉ DUARTE RAMALHO ORTIGÃO QUE TANTO HONROU A SUA TERRA E TANTO QUIS A ESTA REGIÃO A SOCIEDADE DE PROPAGANDA DE PORTUGAL NO MESMO LUGAR MANDOU LEVANTAR-LHE ESTA SINGELA HOMENAGEM DELINEADA PELO ARQUITECTO RAUL LINO DE LISBOA NO ANO DE 1920”.
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Por mais que deambulemos, é impossível escapar à irremediável, iniludível e ufana vitória da estupidez, cujos sinais estão por todo o lado. Até nos mais insuspeitos lugares.
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1 comentário:
Submerso pela náusea já nem me consigo exaltar ao ver nossa Terra a esboroar-se.
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