Mania das Grandezas
Pois bem, confesso:
fui eu quem destruiu as Babilónias
e descobriu a pólvora...
Acredite, a estrela Sírius,
de primeira grandeza,
(única no mercado)
deixou-me meu tio-avô em testamento.
No meu bolso esconde-se
o segredo das alquimias
e a metafísica das religiões
— Tudo por inspiração!
Que querem?
Sou poeta e tenho a mania das grandezas...
Talvez ainda venha a ser Presidente da República...
Joaquim Namorado
O poeta não apreciava a estética de plástico e ainda menos a ética de elástico. Abominava o lirismo canalha e o pragmatismo sacana. Desprezava os frouxos, os velhacos e os videirinhos (tudo qualidades que, infelizmente, é frequente encontrar na mesma pessoa).
Há dias, em conversa com alguém que com ele privou, fiquei a saber que o poeta do “Aviso à navegação” não suportava Manuel Alegre (não, não era de uma questão de estética da poética, mas simplesmente de ética, a higiene moral da puta da vidinha).
Acontece que eu também não.
Mas eu cheguei lá por intuição. Não fui agraciado por qualquer espécie de fé ou convicção (não acredito na ponta de um corno) e os meus conhecimentos de matemática são assaz penibles… Embora este episódio - que faria espumar o velho resistente - possa explicar a minha embirração.
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1 comentário:
Um post e uma caricatura de elevada qualidade.
Muito bem
Cumprimentos
Manel
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