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sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

A indústria do roubo de Arte


O Mercado ilegal de obras de arte é um dos principais crimes internacionais.
O crime movimenta tantos recursos quanto o tráfico de armas, drogas e animais selvagens.
Verdade seja dita que o trabalho dos ladrões é muito facilitado em países como o Brasil ou Portugal, pela falta de catalogação das obras e por deficientes condições de segurança dos museus ou Pinacotecas.
Um prazer distinto e solitário
O retrato de Susanne Bloch, de Picasso e o Plantador de café de Portinari, avaliados em 100 milhões de dólares, estão de volta ao MASP (Museu de Arte de S. Paulo). Este furto, ocorrido a 20 de Dezembro veio lançar a discussão sobre o contrabando internacional de obras de arte.
Para José do Nascimento Júnior, director do departamento de Museus do Ministério da Cultura do Brasil, é difícil estabelecer o perfil do receptador de obras de arte contrabandeadas. "É o chamado crime de distinção. São pessoas que gostam e entendem de arte, conhecem o valor de cada peça e têm um altíssimo poder aquisitivo. Quem encomenda ou fica com uma obra dessas tem o chamado prazer solitário, pois jamais vai poder dizer que é dono de tal peça. Por mais fechado que seja seu ciclo de relacionamento, não poderia haver ostentação."
Veja aqui a cronologia dos roubos de arte registados em 2007.

Quanto ao boneco que ilustra este postal, trata-se de um velho desenho meu, uma vinheta que servia de cabeçalho à “crónica do crime” no jornal A Linha do Oeste.
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