Toutes les opinions sont respectables.
Bon. C’est vous qui le dites. Moi, je dis le contraire.
C‘est mon opinion: respectez-la donc!
Jacques Prévert
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Maurice Sinet tem (desde Novembro e até Janeiro) uma retrospectiva da sua obra em exposição (em Vincennes)
Siné publicou o primeiro desenho (pago) em 1950.
Em 1955 venceu com o album "Complaintes sans Paroles" o Grand Prix de l’Humour Noir.
Depois “Foi uma espécie de ponta de lança de uma geração de humoristas e desenhadores franceses que nos anos sessenta revolucionaram o humor gráfico à base de romper convenções, tabus e outras palermices, fazendo desenhos ferozes, irreverentes, méchants, que escandalizaram as boas famílias burguesas.”
Fundou revistas contestatárias (L’enragé; Siné Massacre; HaraKiri) onde exprimiu à tripa forra bête et méchante e de forma livre, despojada, incisiva e implacável o seus anti-clericalismo, anti-colonialismo, anti-imperialismo e o seu anarquismo. Escrevesenhou um livro de memórias em sete volumes (!), Ma vie, mon oeuvre, mon cul!
A propósito da obra deste grande artista gráfico francês lembrei-me de um livrinho de 250 páginas (com a sua colaboração na revista Charlie Hebdo no biénio 80-81) que adquiri vai para mais de vinte anos em França e cuja capa ilustra este postal.
É bom saber que ainda mexe um homem que passou quase todo o tempo da sua vida a, segundo Arthur na contracapa deste livrinho, “massacrar todos os que a vida já maltratou: torcionários em uniforme, padres em sotaina, políticos em carne e osso, pedófilos em acção e sionistas desvairados” e que continua com vontade de “massacrar todas as viúvas de generais e órfãos eclesiásticos que lhe caem sob o lápis”.
Porque Siné desenha e escreve “comme on se gratte, parce que la vie fait mal”.
Salut, Siné!
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