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segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Os conceitos recorrentes

Isto está a ficar preocupante. Não tem que ver apenas com a arte, estende-se cada vez mais a todos os domínios da vida em sociedade. A paranóia securitária (com as suas restrições às liberdades); a vertigem proibicionista, sanitária ou normalizadora (a muito aplaudida actividade da ASAE e a dos cruzados anti-tabaco, por exemplo); a cada vez maior susceptibilidade dos fundamentalismos religiosos e o sentimento de um políticamente-correcto sonso e cínico que aos poucos se apodera de tudo, são apenas pequenos indícios que acentuam um clima em muito semelhante ao que propiciou o trágico episódio da «arte degenerada», na Alemanha de 1937.

É da Alemanha, de onde vieram alguns dos artistas mais notáveis do seculo vinte, (ver aqui a lista), que chega esta «estória» :





1933 © Alfred Eisenstaedt

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Este é o mais célebre retrato de Josef Goebbels, publicado à época em todos os jornais do mundo: o rosto gelado de Goebbels numa conferência em Genebra, em 1933, captado pela objectiva de Alfred Eisenstaedt.
Um olhar carregado de um surdo e violento ódio pelo fotógrafo que o ministro da propaganda Nazi sabe ser um inimigo da ideologia nacional socialista, e pior, um judeu.
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Alfred Eisenstaedt nasceu a 6 de Dezembro de 1898 em Dirschau, na polónia. Mudou-se para Berlim com oito anos e aí viveu até que Hitler tomou o poder, em 1935, quando emigra para os Estados Unidos da América… escapando, por pouco, ao holocausto.
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