Em se tratando este de um blogue de desenhos, procurarei recorrer o menos possível às palavras. (Usá-las-ei apenas para ilustrar os desenhos que vos mostrar).
Aprecio, no entanto, quem bom uso faz delas.
É o caso de Daniel Abrunheiro.
Ele dignou-se ilustrar um desenho meu.
Eis pois, o desenho e a ilustração.
Soneto do foder
Amando entre mantas contra o frio
O cio tem bolandas rarefeitas
Espreitam tetas do peito e ‘streitam
Aleitam fundo seiva e desvario
A meio pulsa o outro coração
De pêlo preto arvora a semente
Gente fendida sente estremeção
Coração que não pulse não é gente
Pés unhas peles pontas roçam baixo
Tábuas da cama rangem reumatismo
Coevos leites aguadilham um só sismo
Em si mesmo mesma paroxismo
Do resto que é do comum mortal
Não conto ou digo que parece mal
Daniel Abrunheiro. Caramulo, tarde de 4 de Janeiro de 2007
Se eu tivesse que vos descrever o que penso sobre o uso que Daniel Abrunheiro dá à Língua Portuguesa teria que usar palavras, e (pior) adjectivos (que detesto). Assim, o que faço é aconselhar-vos o seu blogue.
Ide e passai bem.
Vereis quão bom é sentir que falamos a mesma língua que ele escreve.
Uma frase
-
Há livros, como acontece com a introdução de Pierre Blanc à relação entre
geopolítica e clima, que valem por uma frase como esta, que não me sai da
cabeç...
Há 2 horas
2 comentários:
Finalmente, não é Fernando?..
Agora, safa-te com o brinquedo!..
Em caso de dificuldades, já sabes..
Grande abraço
Ora, até que enfim! Sejas bem vindo á Blogoesfera! Muita inspiração e muito suor e muita criatividade a gente merece!
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