sábado, 17 de setembro de 2022

O zero à esquerda

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“O primeiro-ministro, António Costa, assegurou esta sexta-feira que o Governo foi até ao limite do que era permitido pela Comissão Europeia nas ajudas às empresas que estão a enfrentar um forte crescimento do custo da energia. É suficiente? Seguramente que não. É aquilo que é o limite legal fixado pela Comissão Europeia e, portanto, a restrição não foi financeira, não foi política. É a restrição legal que vigora em toda a Europa para as medidas de auxílio de Estado”. 

Se bem entendo esta notícia do Observador, António Costa até fazia, mas não faz. Não porque hoje joga o Benfica ou porque o meu pai não quer. É porque a Comissão Europeia não deixa. Está-se mesmo a ver o que é necessário, mas "deus não permite". Ou seja, o país não tem soberania. O seu governo é um zero à esquerda, não risca nada. 

É assim:

Não no dá a pátria, não, que está metida no gosto da cobiça e na rudeza duma austera, apagada e vil tristeza.

Confesso que nunca tinha visto, nem ouvido, um governante português recitá-lo tão ilustradamente, assumindo-o com tão cândida como contentinha e quase orgulhosa imbecilidade.

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5 comentários:

  1. Mais um belo trabalho.
    (para quando o livro anunciado?)

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  2. Ai ai, caro Cid, está um pouco atrasado o trabalho de edição (sempre serão 125 caricaturas) mas lá para o ano que vem será. Eu depois trato de o anunciar por aqui. Um Abraço.

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  3. Segunda feira edito

    (quanto ao livro... havemos de falar disso)

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  4. Meu caro Fernando
    Eles (o PS) não são assim! sempre foram assim. está-lhe na massa do sangue, aprenderam com o patrono que foi quem lá nos meteu. São o partido da precaridade em nome de uma evolução, foram eles que criaram os contratos a prazo, foram eles que reduziram o valor a pagar pelas horas extras, foram eles que criaram o famoso código do trabalho que reduziu todos os direitos de quem trabalha.
    Um abraço

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