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sexta-feira, 8 de maio de 2009

o robô-poeta



Portugal tem, como nenhum outro país, a capacidade constante de se suplantar pela parvoíce.
É uma coisa incrível. Trata-se de uma verdadeira patologia nacional, tal como a obsessão pelo Guiness, o livro dos recordes.
Apesar de a zombaria com a política e até com a religião, serem mais ou menos unanimemente aceites e razoavelmente praticadas (embora em pequenos círculos) os tugas, tal como outros ignorantes, têm um respeito reverencial pela Ciência e um sincero terror ao ridículo; o que faz que quando a mais óbvia palermice é anunciada como científica, seja desde logo aceite com respeito circunspecto senão com verdadeiro entusiasmo.
É o caso de Leonel Moura, o artista do século vinte e um. Depois de inventar o robô-pintor (já aqui lhe dediquei uma posta), ei-lo de volta, desta vez com o robô-poeta. Chama-se ISU e “escreve poemas sem sentido(!).
Digam-me lá em que outro país seria possível tão ampla cobertura mediática de uma cabotinice “sem sentido”, sem a mais leve sombra de uma crítica, um remoque, um sorriso (quanto mais de uma gargalhada)?

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